Sede da Fundação Cultural Calmon Barreto passa por reforma geral

O prédio da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), antiga Estação Ferroviária de Araxá, um dos principais cartões postais da cidade e tombado pelo patrimônio histórico, está sendo reformado pela empresa contratada via licitação.

O valor da obra está orçado em R$ 798.000, com previsão de conclusão em até 10 meses. Entre as principais ações da manutenção estão a troca do telhado e reparos na fiação elétrica, forros, portas, janelas, pisos, pintura, entre outros.

“O prédio passou por algumas reformas ao longo dos anos, mas, atualmente, estávamos com muitos problemas estruturais. Tivemos, inclusive, a situação agravada por conta do intenso período de chuva no fim do ano passado. A edificação é uma construção de quase 100 anos, que abriga o Setor de Artesanato, o Administrativo da fundação, além do Setor de Arquivos e Pesquisas, com documentos importantes que precisam de um espaço adequado para conservação”, destaca a presidente da FCCB, Cynthia Verçosa.

Ela acrescenta que toda a reforma será realizada preservando os elementos arquitetônicos do imóvel. “Como se trata de um prédio tombado pelo patrimônio, teremos um cuidado na preservação de todos os elementos que o compõem. Teremos também, na pintura, a volta da cor original da estação, que possuí tons de cinza, azul claro e branco”, adianta.

Histórico

Com uma área de edificação de 1.008 m², o prédio da Fundação Cultural Calmon Barreto começou a ser construído em 1922 com intuito de abrigar uma estação ferroviária. As obras foram concluídas em 1926, quando a Estrada de Ferro Oeste de Minas inaugurou na cidade seu terminal de cargas e passageiros.

O prédio possui diversas referências do estilo neoclássico: colunas com detalhes toscanos, três frontões, duas torres decorativas (sendo uma mais alta, onde está instalado um relógio), entre outros elementos.

No primeiro momento, o local funcionou como terminal de cargas e passageiros e, depois, somente de cargas. Em 1982, a expansão da cidade exigiu a construção de outra estação fora do perímetro urbano, sendo, então, desativado o trecho que atravessava a cidade e a Estação Ferroviária.

Em 8 de fevereiro de 1985, foi assinado um Termo de Comodato, onde no mês seguinte a sede da Fundação Cultural Calmon Barreto passou a funcionar no espaço. O termo se manteve até 18 de março de 1988, quando o prédio passou a ser propriedade definitiva do Município. Já em 28 de dezembro de 1990, o local foi tombado pela Lei Municipal nº 2.411.

10Fernando Camilo e outras 9 pessoas

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