O descarte de entulhos, material não orgânico e galhos em áreas irregulares tem causado diversos problemas em Araxá. Mais de 2.000 toneladas de entulhos já foram recolhidas durante os mutirões realizados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA). A Prefeitura de Araxá pede à população mais conscientização para evitar mais problemas ambientais e de saúde pública nesses locais. Além disso, o trabalho de retirada desses resíduos atrasa o cronograma de outros serviços de limpeza no município.
“É um serviço que infelizmente não caminha, não vai para frente por causa da falta de conscientização. Tem espaços na cidade que nossa equipe precisa voltar toda semana. Recentemente, houve uma situação em que estávamos removendo o entulho e lixo de uma área verde, na matinha do bairro São Francisco, e na mesma hora chegou um veículo e despejou mais lixo. Se a população não se conscientizar, a gente não consegue manter a cidade limpa”, alerta o secretário Ricardo Alexandre da Silva (Kaká).
O chefe da Divisão de Meio Ambiente do IPDSA, o biólogo Vinícius Martins, reforça que o descarte irregular de entulho e lixo em lotes baldios e áreas públicas é crime contra o meio ambiente, e o infrator está sujeito a uma multa que pode chegar a 50 Unidades Fiscais da Prefeitura de Araxá (UFPAs), que equivale a R$ 2.807,50.
“Além de pesar no bolso, gera uma série de problemas para quem vive próximo ao local onde esse material é descartado. Impacta negativamente o paisagismo da área; pode causar enchentes e alagamentos na cidade; prejudica a sobrevivência da fauna e flora; causa mal cheiro; provoca a proliferação de ratos, baratas e escorpiões; e aumenta o número de criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika vírus, febre amarela e chikungunya”, afirma.
Segundo Kaká, hoje na cidade já existem alguns locais em que esta prática do descarte é comum. Ele adianta que a pasta, em atuação conjunta com o IPDSA, está alinhando um projeto que vai criar cinco ecopontos pela cidade, nas regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. Nesses locais será permitido o descarte apenas de Resíduos de Construção Civil (RCC).
“Hoje a alternativa que a população tem é descartar os resíduos de construção civil no Bota-fora do Distrito Industrial. Em relação ao descarte de móveis e eletrodomésticos, a população pode acionar a cooperativa ou associações de catadores de recicláveis. Eles fazem a fragmentação para o aproveitamento de cada tipo de material”, explica.
A população também pode contribuir denunciando situações de descarte no IPDSA através do número: 3661-3675 ou 3612-2498.