“Essa será a nossa última tentativa de conscientizar as pessoas. Sou contra o fechamento do comércio, mas se o número de casos não reduzir teremos lockdown total em Araxá”, a afirmação do prefeito Robson Magela deixou claro que o município esgotou as maneiras de tentar frear o avanço da Covid-19.
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (28), a administração anunciou novas medidas de restrição contra o coronavírus. As medidas estabelecidas no decreto que será publicado neste sábado (29), começam a valer a partir de segunda-feira (31) e seguem até 9 de junho, com possibilidade de prorrogação.
Programa Araxá Ao Vivo
Entrevista com prefeito Robson Magela e a secretaria de Saúde Lorena Pinho
Araxá registrou essa semana um média de 100% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram 14 óbitos registrados nos últimos sete dias e 761 casos confirmados. Cerca de 1,2 mil pessoas positivas para o vírus são monitoradas neste momento pela Secretaria de Saúde. Ao todo, a cidade já registrou 169 mortes ocasionadas pelo coronavírus e 10.959 foram infectadas desde o início da pandemia.
A administração municipal ressalta a importância da população aderir às novas regras. “Hoje nós nos encontramos em um momento pior do que o da Onda Roxa, isso, por irresponsabilidade, falta de empatia e amor ao próximo de algumas pessoas. E por mais eficaz que seja a fiscalização é impossível controlar a consciência das pessoas”, reitera o prefeito Robson Magela.
Segundo o vice-prefeito, Mauro Chaves, é preciso buscar uma solução que não prejudique a cidade. “Tentamos o diálogo, porém dessa vez teremos que ser mais incisivos e se for preciso iremos multar, interditar e fechar. Infelizmente percebemos que o resultado só vem quando pesa no bolso”, explica.
De acordo com a secretária de Saúde, Lorena de Pinho Magalhães, o município está trabalhando para manter o equilíbrio epidemiológico e econômico, mas os impactos produzidos pelo vírus só serão reduzidos com a cooperação mútua da população. “O poder público e os profissionais de saúde sozinhos não conseguirão vencer essa crise. Todos estão esgotados e implorando pela consciência das pessoas”, destaca.