A 7ª Delegacia de Polícia Civil de Perdizes-MG, chefiada pelo Delegado Regional, Dr. Vitor Hugo Heisler, coordenada pelo Delegado Dr. Rafael Pereira Silva Gallo, e o Ministério Público Eleitoral do Estado de Minas Gerais, coordenado pela Promotora de Justiça Dra. Bárbara Francine Prette Nunes, deflagraram no dia 16 de outubro de 2020 a Operação “Voto de Cabresto”, visando combater grupo criminoso responsável pela prática de inúmeros ilícitos eleitorais. Durante as investigações foi possível apurar que o referido grupo usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral ao coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados, a votarem na candidatura do atual vice-prefeito de Perdizes-MG ao cargo de prefeito. Durante as diligências investigativas foi também revelado que o vice-prefeito de Perdizes e seus apoiadores forneciam materiais de construção -como tijolos, cimento, areia, telhas e portas- para eleitores em troca de voto. Durante a operação foram cumpridos 03 (três) mandados de prisão temporária, expedidos em face do vice-prefeito e de dois funcionários da prefeitura, por utilizarem de poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações. Também foram cumpridos 15 (quinze) mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes, sendo recolhidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores utilizados no desenvolvimento das atividades ilícitas, as quais comprovadamente deturpavam o sistema eleitoral e o livre exercício do voto. Buscas também foram feitas na Prefeitura Municipal e na Câmara Municipal de Perdizes, e ainda em dois estabelecimentos comerciais. Participaram da operação “Voto de Cabresto” mais de 20 (vinte) policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil de Uberaba-MG e 18 (dezoito) policiais civis da CORE/PCMG (Coordenadoria de Recursos Especiais). O nome da operação faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da máquina pública e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.